quarta-feira, 4 de abril de 2012

Sem Tempo Para Sofrer


Não consigo
ficar amargurada
por muitas horas.
Um analgésico
para dor de cabeça,
xarope que cura
tosse seca,
antibiótico
para dores maiores.

Minha mente
voa contente,
acredita
que nada é por acaso.
Canto debaixo do chuveiro,
sou transparente,
gosto de mostrar os dentes.

Me habita
a fera encarnada
que tenta sujar
a alma limpinha,
( aquela que aguarda
o mundo perfeito).

Escrevo um poema remédio,
que cura minha ressaca.
Um batom que disfarça,
perfume, vestido
um beijo,
que mate meu desejo.

Não vou aguentar
ficar quieta
no canto da sala.
Eu sou uma mulher
que lateja entre as pernas,
fica úmida de paixão.
Saliva. Sente saudades.
Culpa? Quase nada!
Apenas respiro fundo!

Fico ofegante!
Aguardo os próximos erros
para mais coisas aprender!

Preciso destruir a dor
antes que ela me destrua.
Oro de joelhos.
Imploro e lamento.
Choro aliviada.

Amanhaceu,
o sol invadiu meu quarto
não quero ser chata.
Ainda bem
que minha agenda
está lotada!

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