acordei 
menina faceira
pulando amarelinha
que consegue 
enfim
 chegar ao céu inteira
inclinada 
na beira do lago
toquei de leve 
em carpas coloridas 
peixes dourados 
avermelhados
dei  boas risadas
sem maiores preocupações
deixando escapar borboletas 
do ventre aberto
abri o baú esquecido
retirei meu cristal 
empoerado 
e levei ao sol
com velhos poemas
manuscritos
amarelados
papiros 
descalça
caminhei entre as pedras
uivei andei de quatro 
corri com lobos
hoje sou mulher
nada me perturba
 
 
 
          
      
 
  
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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