quarta-feira, 14 de março de 2012

Nada de confissões baratas,
nem histórias tristes.
Esquece esse velho diário
de folhas amareladas.
Vai em busca
do poema perfeito,
no meio da confusão.
Alguém espreita
e quer te engolir.
Esconde essa lágrima, ligeiro!
Veste armadura e pinta o rosto.
Escreve algo brilhante!
Lembra das regras
e entra nesse jogo,
nessa página que perdeu a alma.
Ocupa esse espaço com reservas.
Não provoca os seres inteligentes,
aqueles que acham saber tudo,
que apontam os erros
bem diante do teu nariz.
Escuta bem,
nada, nem ninguém vai te salvar.
Estamos no mesmo barco
prestes a naufragar...
os aposentados,
os solitários,
os indiferentes,
os intelectuais amargos,
os espertos de fora,
os que fazem terapia,
os que fingem ser poetas,
os que observam o circo
pegar fogo,
os que ousam sonhar,
os que tem a grande coragem
de aproveitar e aceitar
a vida do jeito
que se apresenta.

Quer ficar agora?
Então entra e senta!
Pega tua poesia e apresenta na roda.
Respira fundo e começa a ler
pausadamente.
E sente a emoção,
apenas sente.

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