quarta-feira, 21 de dezembro de 2011

Minhas palavras
são teclas de um computador
que me acompanham
no dia-a-dia.
Cortei a gentileza absurda,
mentiras risonhas,
pessoas que me assustam.
Preciso de espaço
mudar os cabelos,
tatuar a pele,
olhar no espelho
sem mágoas.
Não posso me abandonar
com medo estampado no rosto.
A esta altura da vida,
acumular tristeza,
nem pensar!
Confessar cada defeito,
miopia, celulite, alguma estria.
Rugas de expressão
adquiridas pelos anos,
momentos preciosos
misturados a dramas!
Fui minha própria curandeira:
- ler poesia de 4 em 4 horas
como medicação,
escrever de 12 em 12 horas,
calmante poderoso
anti-suicídio!
Escolho a cor do batom
dependendo do humor,
um vestido
que não deixe com calor.
Perfume atrás da orelha,
entre os seios e nos pulsos,
como aprendi desde menina.
Não esqueço os óculos escuros,
minha proteção do mundo,
onde posso tudo olhar
sem ser notada!
Tenho dias de ser tola
e carente,
passo as tardes a delirar.
Quando penso que não vou aguentar,
me deito e sofro em silêncio.
Choro baixinho
não quero atrapalhar o vizinho!
Entre lágrimas,
oro e repito:
- eu me amo!
a cada instante!
Até que o dia amanheça,
choro bastante
e já me sinto inteira
novamente.
Sina de guerreira!
Levanto com o Sol,
movida por essa Luz,
de alma lavada!
Não precisa ter pena,
a menina já foi consolada!
É hora de brincar,
viver de peito aberto,
relaxar, deixar se levar
pela maré da Vida.
Cercada de amigos,
livros, filhos,
cachorro, Amor,
Poesia, música,
fica difícil
permanecer
a Dor.

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