na tarde nublada
de inverno
pessoas apressadas
procurando aconchego
no calor do lar
na calçada fria
ninguém repara
nele que ali fica
envolto em trapos
masturbando a miséria
em companhia
do cheiro insuportável
roupas imundas
barba embaraçada
olhar perdido
distante
quem sabe
o motivo?
quem imagina
o que ele pensa?
quem leva
uma esperança?
- sem tempo
ninguém repara
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