sexta-feira, 11 de novembro de 2011


brincava de boneca
numa casinha toda rosa
sem entender as regras do jogo
montando sem pressa
as peças do quebra-cabeça

pulava amarelinha
escrevendo com giz no chão
céu/inferno
onde esconde esconde
esse monstro imaginário
era apenas brincadeira
polícia/ladrão
besteira

cantava "se essa rua fosse minha"
e nessa hora até sorria
no caderno
seu desenho era o sol
que na sua fantasia
aquecia todo medo

(estava quase anoitecendo
só a lua por testemhunha
desenhada na janela)

no meio da escuridão
o pavor ainda era maior
e dentro da sua inocência de menina
não entendia essa dor
de olhar para a porta
e entrar seu algoz

- papai chegou

Nenhum comentário:

Postar um comentário