brincava de boneca
numa casinha toda rosa
sem entender as regras do jogo
montando sem pressa
as peças do quebra-cabeça
pulava amarelinha
escrevendo com giz no chão
céu/inferno
onde esconde esconde
esse monstro imaginário
era apenas brincadeira
polícia/ladrão
besteira
cantava "se essa rua fosse minha"
e nessa hora até sorria
no caderno
seu desenho era o sol
que na sua fantasia
aquecia todo medo
(estava quase anoitecendo
só a lua por testemhunha
desenhada na janela)
no meio da escuridão
o pavor ainda era maior
e dentro da sua inocência de menina
não entendia essa dor
de olhar para a porta
e entrar seu algoz
- papai chegou
Nenhum comentário:
Postar um comentário