quarta-feira, 5 de outubro de 2011

Jardim


estou num banco do jardim
onde invento um mundo
de flores, risos e amores
tudo em volta cheira à primavera
e dentro desse paraíso particular
evito pensar em dores
mas fica impossível
quando ouço o barulho do trânsito
que segue louco lá fora

nessa rotina desorganizada
tudo se enrola-enrosca-envolve
em fios soltos de ansiedade
e paranóia
um desastre moderno
que atropela a simplicidade do cotidiano
e transforma os adoradores do sol
em seres bizarros

estou num banco do jardim
me protegendo dessa cruel realidade

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