sábado, 4 de fevereiro de 2012

nasceu uma menina delicada
em seu mundo rosa
cercada de bons sentimentos

após ser vítima de traição
se tornou independente
uma fera valente
de boca e unhas vermelhas
olhar de feiticeira
e brilho de quem fez pacto
com alguma força sobrenatural

engoliu toda a mágoa/desaforo
brigando a socos com sentimentos piegas
essa alma ferida que ama liberdade
nem ao menos escuta conselhos
passando longe de sonhos estúpidos
e todo folhetim romântico barato

agora é uma mulher
que faz tudo pelo seu prazer
ela pensa/age
como um homem
e se apaixona a todo instante
não teme o abandono
nada perturba seu sono

exercita o jogo da sedução
olho no olho hálito de hortelã
cerca com toques distraídos
planeja cada detalhe da caça
numa espécie de dança que excita
o desejo aumenta se torna urgente
acabou a brincadeira
não perde tempo com besteira
já toma iniciativa e domina o jogo
re-vira tudo do seu jeito

ele cai nessa cilada
se atira no abismo
encantado por essa mulher intensa
que usa/monta
se lambuza
e goza poderosa

e nem entende no final
quando ela solta sua mão
e avisa que é hora de partir
sem ao menos seu número
do telefone pedir

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